De acordo com levantamento realizado pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), na passagem de julho para agosto de 2023, o número de devedores em Mato Grosso teve um aumento de 2,22%, representando cerca de 25.016 pessoas. O total de devedores no Estado chega a 1,15 milhão de consumidores, esse dado equivale a aproximadamente 44,15% da população adulta.
Quando analisado o mesmo período do ano passado, Mato Grosso cresceu 3,72%, ficando acima da média da região Centro-oeste (3,44%), mas abaixo da média nacional (7,17%).
Quando analisados os dados por faixa etária, a maior participação de devedores em agosto foi entre 30 a 39 anos (26,41%). Já em relação ao sexo, segue bem distribuída, sendo a maioria homens (53,62).
Em agosto de 2023, cada consumidor negativado do Estado, devia em média, R$ 4.511,96 na soma de todas as dívidas. Os dados ainda mostram que 30,32% possuíam dívidas com valor de até R$ 500,00, percentual que chega a 44,13% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000. O valor total de dívidas vencidas da população adulta de Mato Grosso é de aproximadamente R$ 5.197 bilhões.
Na passagem de julho para agosto de 2023, houve um aumento de 3,49% no número de dívidas, com uma variação na região Centro-Oeste de 2,32%. Na comparação com agosto de 2022, ocorreu aumento de 9,52%, enquanto a média da região Centro-Oeste foi de 10,46%, e a média nacional foi de 14,75%.
O setor com maior participação na área de dívida é o setor bancário, representando 46,25%, seguido pelo Comércio (28,11%), Água e Luz (13,66%), Comunicação (4,36%) e outros (7,63%). Em agosto, o número médio de dívidas em atraso era de 2,129 por pessoa, ficando abaixo da média da região Centro-Oeste, que era de 2,142 por pessoas inadimplentes, e acima da média nacional de 2,082 por pessoas inadimplentes.
ANÁLISE DE DADOS – Para o superintendente da CDL Cuiabá e responsável pelo Núcleo, Fábio Granja, será importante analisar os próximos dois meses para se entender melhor o cenário que se apresenta, já que em plena campanha de negociação de dívidas promovida pelos bancos através do programa Desenrola o número de dívidas com o setor aumentou 0,85%. “Por outro lado ocorreu um aumento também nas contas básicas de energia e água (5,32%), o que reflete diretamente na capacidade de pagamento do cidadão“, afirmou ele, reforçando que “por ainda estar em vigor a campanha do Desenrola e agora com a entrada de participação de empresas do varejo, teremos que aguardar o fechamento de setembro e outubro para gerar melhores perspectivas sobre o cenário de endividados no Estado. De qualquer forma o cenário econômico no País demonstra ainda oscilações, o que acaba gerando a possibilidade de redução de confiança e consequentemente menos investimento”.
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