Todos estão atentos aos movimentos a respeito da vacinação. Em casos de divulgação de algum alerta, a atenção redobra. Entre as notícias mais recentes estaõ as relacionadas à Síndrome de Guillain-Barré, associada à vacina da Janssen: entenda de uma vez.
Nesse contexto, é bom saber que os Estados Unidos têm um órgão que cumpre papel semelhante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Esse órgão, chamado FDA (Food and Drug Administration), acaba de atualizar o rótulo da vacina Janssen contra o novo coronavírus. Isso porque ela afirma que pode haver risco maior da Síndrome de Guillain-Barré ocorrer em pessoas vacinadas recentemente com esse imunizante, fabricada pela Johnson & Johnson.
A partir de agora, o rótulo traz essa informação: “Relatos de eventos adversos após o uso da vacina Janssen Covid-19 sob autorização de uso de emergência sugerem um risco maior de síndrome de Guillain-Barré durante os 42 dias após a vacinação.”
O FDA, afirma, no entanto, que não está claro se a vacina causa ou não doença. De toda forma, um aumento nos relatos da síndrome foi identificado.
Síndrome de Guillain-Barré, associada à vacina da Janssen: entenda de uma vez
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune. Ou seja, é uma doença que ataca o sistema imunológico do indivíduo.
Nesse sentido, o organismo entende que precisa se proteger de um invasor e passa a produzir proteínas e maneiras de atacá-lo, o que traz consequências para quem é acometido.
No caso da síndrome em questão, ela pode se manifestar em diferentes níveis de gravidade. Entre os principais efeitos estão a fraqueza muscular e, em casos mais severos, a paralisia total de braços e pernas. Isso ocorre a partir da inflamação dos nervos.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos sinalizaram que não se trata de um distúrbio comum. Pelo contrário, essa síndrome é rara e raríssimas vezes também ser identificada em quem foi vacinado contra a gripe.
O que pode causar a Síndrome de Guillain-Barré
Muitos podem não lembrar, mas essa doença pode ser causada pelo vírus Zika. A informação já foi confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para quem não se recorda, o Zika se disseminou em 2016 no Brasil – e em outras localidades do mundo. Foi uma emergência pública, na época.
Outros fatores também podem contribuir para a Síndrome de Guillain-Barré. Ainda segundo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, há quem desenvolva a síndrome após a imunização contra infecções como o citomegalovírus.
Isso também pode ocorrer em caso de vacinação contra a gripe e contra um vírus chamado de Epstein Barr.
A doença respiratória causada pela bactéria Campylobacter jejuni também merece atenção.
Quem pode desenvolver a Síndrome de Guillain-Barré
Na prática, qualquer pessoa pode desenvolver a doença, conforme aponta o CDC. Mas, ela é mais comum mesmo em adultos acima de 50 anos.
As ocorrência, portanto, aumenta à medida que a idade sobe. O principal sintoma é mesmo a fraqueza muscular.
Normalmente, ela começa nas pernas, vai para braços, diafragma e músculos da face e boca.
Também são sintomas, entre outros:
Dor em pernas, quadril es costas;
Dificuldade para respirar e engolir, devido à paralisia dos músculos respiratórios e digestivos;
Formigamento e perda de sensibilidade em pernas e braços.
Como tratar a Guillain-Barré
Nesse contexto, é bom saber que é possível ter uma recuperação completa, após sintomas que podem durar semanas ou até mesmo meses e anos.
A maior parte dos acometidos se recupera em até um ano com o tratamento mais adequado. Há, entretanto, quem demore mais tempo.
Todo cuidado é necessário, pois a doença pode ser fatal e deixar sequelas no sistema neurológico.
Geralmente, o tratamento é hospitalar. Entre as medidas estão um procedimento que filtra o sangue para retirar excesso de substâncias que podem estimular a doença.
De toda forma, cada caso é um e só um profissional habilitado pode encaminhar da melhor forma. Após a alta, vale citar, é preciso fazer Fisioterapia para estimular os movimentos do corpo.
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