O número de crianças com diabetes têm apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, em todo país. Isso porque, a diabetes tipo 1, desencadeada por alterações genéticas, era mais comum durante a infância e a adolescência, enquanto o tipo 2 era predominante em adultos, como resultado de maus hábitos.
Atualmente, os profissionais de saúde, em especial, médicos pediatras, têm observado o aumento de casos de diabetes infantil, principalmente relacionados à obesidade, sedentarismo e ao novo coronavírus (covid-19).
Conforme a pediatra Miriane Rondon, a diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é causada por uma reação autoimune que faz com que nenhuma ou pouquíssima insulina seja produzida pelo pâncreas, enquanto a diabetes tipo 2, acontece quando o organismo não utiliza a insulina de forma correta e não consegue manter os níveis de glicose dentro da normalidade.
LAinda segunda e médica, diabetes tipo 2 é mais comum em adultos, no entanto, é preciso ficar atento às crianças, pois, a longo prazo, a doença pode ter um impacto muito grande na saúde delas.
A médica afirma que nos últimos anos os profissionais têm observado aumento de casos de diabetes em crianças nas unidades públicas de saúde e nos consultórios, consequência de maus hábitos alimentares, sedentarismo e o novo coronavírus.
Pesquisas
Levantamento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, apontou risco mais de 100% maior de desenvolver diabetes, 30 dias após infecção pelo coronavírus, entre a população com menos de 18 anos.
A pediatra frisou que as pesquisas apontam que nos últimos dois anos, com a ocorrência da covid-19, foi possível observar que diabetes pode ter associação com a doença, pois, além do vírus, que pode ser um gatilho, as crianças ficaram mais em casa, aumentando a obesidade e o sedentarismo.
Miriane aponta que alguns sintomas podem ser observados como sede excessiva, micção frequente e indisposição para brincar.
Segundo ela, quando diagnosticada, a criança precisa de acompanhamento com o pediatra, que irá indicar se vai precisar de insulina, além de apoio de nutricionista, psicólogo, pois é uma doença que não tem cura, mas com tratamento, a criança terá mais qualidade de vida.
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