Fazendeiros e agropecuaristas de Cáceres, garantem que não irão permitir novas invasões de terra, na região. O alerta foi dado durante uma mobilização da classe que resultou na retirada de um grupo de pessoas que tentou invadir a fazenda Canaã, no município de Araputanga (345 km de Cuiabá)
“Não vamos permitir invasões. Se invadirem vamos arrancar dentro do prazo de 24 horas, conforme determina a lei” afirmou um dos produtores avalizado por um grupo de cerca de 300 que compareceram ao local para reprimir a ação. Eles não confirmam, mas há informações de que estariam contratando segurança privada para proteger as propriedades.
As ocupações de terras, principalmente, pelo MST, foram praticamente suspensas, no país, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. Contudo, com a eleição do ex-presidente Lula, no último domingo (30/10), os trabalhadores se motivaram para retomarem as invasões, principalmente, se a propriedade for improdutiva.
Na ocupação frustrada da fazenda Canaã, cerca de 100 famílias de posseiros tentaram invadir a área nas primeiras horas da manhã. Só não consumaram a ação porque foram contidos por seguranças privados da propriedade. A proprietária da fazenda assegurou que a terra é produtiva e pertence a família há 46 anos.
Há informações de que um homem chegou e se apresentou como advogado do grupo e disse estar em posse de um documento, onde estava a matrícula de uma propriedade devoluta da União, ao qual teriam direito. Os funcionários da fazenda mostraram a ele a documentação da propriedade, que não condizia com a matrícula que eles apresentaram.
Assim que informados, centenas de produtores de Cáceres, Mirassol D`Oeste, Pontes e Lacerda, Jauru, Porto Esperidião e Poconé se deslocaram para o local. E, após longa negociação convenceram os posseiros a se recuarem. A Polícia Militar foi acionada e também participou das negociações. E, no final escoltou os invasores para fora da propriedade.