Os órgãos sanitários brasileiros confirmaram 36 novos casos de varíola dos macacos (monkeypox) nas últimas horas. No total, já foram registrados 142 casos da doença viral causada pelo vírus hMPXV (sigla para Human Monkeypox Vírus).
Segundo o Ministério da Saúde, a maioria (98) dos casos foi confirmada no estado de São Paulo. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 28 ocorrências da doença, Minas Gerais (oito), Ceará (duas), Paraná (duas), Rio Grande do Sul (duas), Distrito Federal (uma) e Rio Grande do Norte (uma).
Em nota divulgada à imprensa na manhã de ontem (7), a pasta reafirma que está em contato direto com as secretarias de Saúde estaduais, monitorando os casos e rastreando as pessoas com quem os pacientes tiveram contato.
A propagação da varíola é diferente da propagação da Covid, pois acontece por meio de contato prolongado. Isso ocorre através de membranas mucosas, lesões, cortes abertos ou feridas ou certos materiais, como roupas de cama, toalhas ou roupas.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.
Os donos de animais de estimação não precisam se preocupar, pois é improvável que alguém transmita a infecção da varíola aos cães e gatos. Desde que a varíola foi registrada pela primeira vez, houve surtos periódicos da doença na África e nos EUA em 2003.
Mas a infecção entre cães e gatos de estimação é improvável. Precisamos de mais monitoramento, mas por enquanto não houve casos relatados de cães ou gatos infectados. Capivaras (ainda em estudo) e outros grandes roedores podem ser suscetíveis à varíola, no entanto.
Quem está em risco?
Aqueles com maior risco de varíola incluem crianças e jovens, profissionais de saúde ou pessoas com sistema imunológico baixo, como aqueles que vivem com HIV.
A letalidade da varíola dos macacos é de cerca de 3-6% e pode ser maior entre as crianças. O sistema imunológico das crianças não foi exposto a vírus e elas têm um sistema imunológico mais fraco.
A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
Por contato com o vírus, pessoa ou materiais infectados, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença.
Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
Da mãe para o feto através da placenta;
Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.