OS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE MENTAL DO CULTO DA ORGANIZAÇÃO DO LAR

 Inspirados por uma nova onda de influencers de organização do lar, as pessoas estão adotando a limpeza como mais um ritual de bem-estar e um ato de autocuidado. Limpar e arrumar a casa é visto como uma prática consciente e uma ferramenta para combater a ansiedade, pois cria uma sensação de clareza e nos ajuda a alcançar a paz de espírito.

O livro “A mágica da arrumação – a arte japonesa de colocar ordem na sua casa e na sua vida”, de Marie Kondo — transformado em série que chegou à Netflix em 2019 — provocou nas pessoas o desapego de qualquer objeto “que não desperte alegria”. A fórmula é simples e profunda: a ação reconfortante e repetitiva de limpar a casa, bem como o espaço organizado, pode nos ajudar a obter uma sensação de calma e controle sobre o ambiente em que vivemos.

Os produtos de armazenamento (como caixas e gavetas) e os projetos de arquitetura inteligentes auxiliam os moradores a aproveitar ao máximo os espaços e a manter os pertences arrumados. Tornar os itens do dia a dia ordenados e fáceis de encontrar é uma solução desejada — ainda mais hoje, quando as casas compactas não comportam mais tantos objetos.

Em sintonia com o “efeito Marie Kondo”, o crescente interesse por práticas sustentáveis e economia circular reacendeu a conversa sobre consumismo, cultura descartável e posse das “coisas”. Cada vez mais as pessoas questionam o acúmulo de bens e assumem responsabilidade sobre o ciclo de vida dos produtos: querem itens de melhor qualidade, mais duradouros e menos prejudiciais ao meio ambiente.

Muitas ações ao nosso redor não podemos controlar, mas o ambiente que nos cerca, sim. Escolher entre ter itens que nos fazem felizes ou acumular uma infinidade de “coisas” é uma decisão que impacta na nossa saúde mental e a saúde do planeta.



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